A SDPM é um quadro de dor crônica que ocorre após qualquer procedimento cirúrgico na mama, que persiste após 3 meses da cirurgia.
Apesar do nome, a SDPM não é necessariamente secundária a cirurgia em si, e sim às alterações de flexibilidade, postura e controle muscular que aparecem (ou pioram) com a cirurgia. Estima-se que de 11-70% das mulheres que fizeram cirurgia mamária por câncer desenvolvam SDPM.
Infelizmente, ainda é muito frequente observar casos em que a SDPM é tratada como “normal” ao tratamento oncológico. A SDPM não é normal (ela é comum, o que é bem diferente), e necessita de tratamento específico. Como em qualquer processo doloroso, quanto maior o tempo até o início do tratamento das dores, menor é a chance de controle dos sintomas.
Durante a avaliação do Fisiatra, os fatores determinantes para esses sintomas serão identificados, e podem incluir: alteração de mobilidade de ombro por contratura muscular, por restrição da pele, lesões nervosas, linfedema, complicações cirúrgicas locais.
O tratamento da SDPM frequentemente requer acompanhamento conjunto com Fisioterapeuta ou Terapeuta Ocupacional, uso de medicações e a realização de procedimentos invasivos para o tratamento da dor.