O Linfedema é um acúmulo de líquido rico em proteína fora dos vasos, nas partes moles (principalmente pele e subcutâneo). Ele pode ser primário (por alteração intrínseca dos vasos linfáticos), ou secundário (quando é secundário a um trauma específico, como uma cirurgia por exemplo).
O linfedema é comum em casos de esvaziamento axilar (ex: câncer de mama) ou inguinal (ex: câncer de ovário). No caso dos pacientes com câncer de mama, cerca de 75% dos casos ocorrem até 1 ano após a cirurgia, e mais 15% dos casos surgem entre o 1o e 3o ano.
O Linfedema é classificado em estágios (0 a 3), a depender da intensidade.
O diagnóstico pode ser feito através do exame físico de um Fisiatra, que pode incluir a medida da circunferência do membro em diversos locais, e também através de exames, que podem incluir a impedanciometria, linfografia, linfocintilografia.
O tratamento principal é com medidas não-farmacológicas. Os cuidados locais com a pele são muito importantes para evitar traumas e infecções na região com linfedema, o que pode piorar os sintomas.
A linfoterapia também é parte essencial do tratamento, e inclui compressão, drenagem linfática, fortalecimento muscular e uso de bandagens ou órteses compressivas. A manutenção de uma rotina de fortalecimento muscular é importante para o tratamento adequado.
No caso de linfedemas refratários, pode-se considerar tratamentos como o bloqueio seriado do gânglio estrelado, a onda de choque e até mesmo cirurgias.