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Apesar de gerar bastante discussão e até polêmica, é preciso reconhecer que o uso de canabinóides na medicina, como aliado no tratamento de problemas de saúde, já obteve importantes benefícios a alguns pacientes. O termo se refere, de forma genérica, a uma das substâncias encontradas ou extraídas da Cannabis sativa. Dentre os canabinóides mais utilizados, estão o canabidiol (também conhecido por CBD) e o THC (tetrahidrocanabinol).

Na área da Fisiatria, essa substância pode ser uma alternativa para tratar casos de dores em geral, tremores, náusea e vômito. Além disso, é possível também amenizar sintomas da espasticidade (condição que causa o aumento de contrações musculares, de forma involuntária) e da distonia (quadro que gera contrações involuntárias dos músculos e espasmos, muitas vezes de forma repetitiva), por exemplo, problemas que podem causar dificuldade para executar tarefas básicas, como falar e comer.

Vale destacar que, na maior parte das vezes, os canabinóides não são a primeira opção de tratamento: os pacientes que recebem recomendação para utilizá-la normalmente já fizeram tentativas com outras medicações. Isso porque, em geral, os profissionais da saúde optam por indicar medicamentos que já têm histórico de uso médico mais longo e com maior evidência de eficácia.

Possíveis risco e efeitos colaterais

Assim como qualquer outra medicação, os canabinóides também têm efeitos colaterais. Portanto, mesmo que sejam substâncias extraídas de plantas, a recomendação só deve ser feita após uma análise individual do quadro do paciente.

Além disso, por causa da variação entre as plantas, não é possível ter controle da dose administrada pelo paciente, o que reforça a necessidade de cuidados no uso da substância.

Há ainda outros possíveis riscos no fumo da Cannabis. Como a substância não tem regulamentação no país e não controle e fiscalização sobre a produção da planta, há o risco de ela conter esporos de fungos, que podem gerar infecções respiratórias, principalmente em pessoas com sistema imunológico frágil.

Por isso, para saber se o uso da substância pode ser recomendado para tratar o seu problema de saúde, procure um fisiatra capacitado e busque orientação. Além disso, lembre-se da importância de manter o acompanhamento em dia junto ao profissional.

Sobre o Dr. Victor Leite

Médico graduado em Medicina pela Universidade de São Paulo (USP), com Residência em Fisiatria pelo Hospital das Clínicas da USP e Fellowship em Reabilitação Oncológica pelo Memorial Sloan-Kettering (EUA). Atua principalmente nas áreas de reabilitação oncológica, incluindo o manejo de dor, linfedema, fraqueza muscular, neuropatias periféricas e procedimentos guiados por ultrassom. Atendimento na cidade de São Paulo.

As informações disponíveis neste site possuem apenas caráter educativo. Apenas uma avaliação com um profissional médico possibilitará o diagnóstico de doenças, a indicação de tratamentos e a prescrição de remédios. 

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